Porque hoje é Dia da Mãe, apetece-me dizer o quanto admiro a minha.
A minha Mãe tem uma capacidade infinita de entrega altruísta à família e uma serenidade que eu não tenho e gostava de ter. Não me lembro de alguma vez a minha Mãe ter gritado ou falado num tom mais alto sequer. Nas situações mais adversas, como o cancro, continuou a ser serena e batalhou como só as vencedoras sabem fazer. Sei que sofreu. Muito. Mas quis preservar-nos desse sofrimento, a mim e ao meu pai, e optou por vestir um sorriso e levantar a cabeça com a garra de uma grande Senhora.
É conservadora a minha Mãe. Sempre exigiu os melhores comportamentos desenvolvendo em mim uma consciência do certo e do errado com um filtro tão forte que, por vezes, me inibiu de cometer alguns desvarios que talvez tivessem sido necessários ao meu crescimento. No entanto, sempre que caí ao chão ela segurou-me com força e ajudou-me a levantar de novo. Sabe sempre usar as palavras certas para mim, a minha Mãe.
Também eu sou Mãe. Uma mãe diferente e não tão serena. Falo alto às vezes, perco a calma, e não preservo tanto os meus filhos do meu sofrimento como faz a minha Mãe. Não consigo esconder sentimentos.
Tal como a minha mãe também exijo deles bons comportamentos. Também quero que saibam distinguir o certo do errado. Quero que respeitem os outros, que sejam educados. Tanto para duas crianças!!
Mas também abraço muito, beijo muito os meus filhos, digo-lhes diariamente e repetidamente o quanto os amo. Respeito as suas diferenças (e como eles são diferentes!), cuido deles como se fossem uma flor rara e defendo-os como uma fera.
Julgo que, tal como a minha Mãe, também sei levar aos meus filhos a palavra certa e tenho a certeza que, sempre que caírem, a minha mão estará estendida para que a agarrem.
Porque, apesar de humanamente imperfeita... Mãe é Mãe, a detentora do amor mais puro, e um Filho é alguém que a torna uma mulher divina e, como tal, eterna!
A todas as Mães, as que o são e as que hão-de ser, e a todos os Filhos: FELIZ DIA DA MÃE!