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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Não são corpos, são vidas!

Hoje vi o programa Peso Pesado pela primeira vez.

E eu, que não sou muito apologista do que os reality shows fazem pela dignidade das pessoas, decido tirar o meu chapéu a este programa.

Não consegui fixar-me nos corpos das pessoas nem pensar se eram mais ou menos disformes uma única vez. Mantive-me atenta aos seus olhos, às expressões faciais, à exposição das suas almas.

Eu, que também sei o que é ter peso a mais desde sempre, percebo bem o que custa colocarmo-nos em cima de uma balança e admitir perante os outros os números que o aparelho marca e nunca me aproximei dos valores que os concorrentes apresentam.

Imagino o que terá sido até este momento a vida destas pessoas, a vulnerabilidade com que encararam o mundo e os olhares dos outros!

Desejo que todas elas consigam atingir os seus objectivos e se entreguem plenamente à sua causa. Se o fizeram, sem dúvida sairão todos vencedores!!

De uma coisa tenho a certeza, depois deste programa a sua vida nunca mais será a mesma, pois passarão a ser vistos com outros olhos, os olhos de quem não vê apenas os seus corpos, mas os seres que os habitam!

domingo, 1 de maio de 2011

A mãe que eu tenho e a mãe que eu sou

Porque hoje é Dia da Mãe, apetece-me dizer o quanto admiro a minha.

 A minha Mãe tem uma capacidade infinita de entrega altruísta à família e uma serenidade que eu não tenho e gostava de ter. Não me lembro de alguma vez a minha Mãe ter gritado ou falado num tom mais alto sequer. Nas situações mais adversas, como o cancro, continuou a ser serena e batalhou como só as vencedoras sabem fazer. Sei que sofreu. Muito. Mas quis preservar-nos desse sofrimento, a mim e ao meu pai, e optou por vestir um sorriso e levantar a cabeça com a garra de uma grande Senhora.

É conservadora a minha Mãe. Sempre exigiu os melhores comportamentos desenvolvendo em mim uma consciência do certo e do errado com um filtro tão forte que, por vezes, me inibiu de cometer alguns desvarios que talvez tivessem sido necessários ao meu crescimento. No entanto, sempre que caí ao chão ela segurou-me com força e ajudou-me a levantar de novo. Sabe sempre usar as palavras certas para mim, a minha Mãe.

Também eu sou Mãe. Uma mãe diferente e não tão serena. Falo alto às vezes, perco a calma, e não preservo tanto os meus filhos do meu sofrimento como faz a minha Mãe. Não consigo esconder sentimentos.

Tal como a minha mãe também exijo deles bons comportamentos. Também quero que saibam distinguir o certo do errado. Quero que respeitem os outros, que sejam educados. Tanto para duas crianças!!

Mas também abraço muito, beijo muito os meus filhos, digo-lhes diariamente e repetidamente o quanto os amo. Respeito as suas diferenças (e como eles são diferentes!), cuido deles como se fossem uma flor rara e defendo-os como uma fera.

Julgo que, tal como a minha Mãe, também sei levar aos meus filhos a palavra certa e tenho a certeza que, sempre que caírem, a minha mão estará estendida para que a agarrem.

 Porque, apesar de humanamente imperfeita... Mãe é Mãe, a detentora do amor mais puro, e um Filho é alguém que a torna uma mulher divina e, como tal, eterna!

A todas as Mães, as que o são e as que hão-de ser, e a todos os Filhos: FELIZ DIA DA MÃE!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Contos de Fadas...Ou de Príncipes e Princesas

E a modos que hoje não se falou em mais nada: ai que lindos que são os noivos, e a cerimónia foi fantástica e que apaixonados que eles estão e tal e coiso.

Calma!

Vamos lá a racionalizar e a pensar na vidinha que a moça vai ter daqui para a frente: toda a gente a controlar os seus passos, os gestos, as atitudes, as roupas, os cabelos, as frases, o que não disse e devia ter dito, o que fez e não devia ter feito! (Dele não falo que já está habituado a estas andanças!)

Livra! Quem não queria um martírio destes era eu!

E quanto ao viveram felizes para sempre....A ver vamos!

Afinal, se pensarmos bem, todas as histórias de Príncipes e Princesas que conhecemos são um pouco vagas relativamente ao que aconteceu aos personagens depois do casamento. Alguém sabe como foi o dia-a-dia da Cinderela e da Branca de Neve com os seus Príncipes depois da boda? Não, pois não!

De qualquer modo, e porque eu não quero de todo ser desagradável com a Realeza:

Que o seu Amor seja eterno...enquanto dure!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

As relações

Numa sociedade cada vez mais egocêntrica e narcisista, dou por mim a pensar no sucesso ou fracasso dos relacionamentos e nos factores que conduzem a um e a outro.
Devo dizer que sou um pouco descrente do amor eterno, aquele que nos une a alguém por uma vida. Passado o tempo da sedução, da descoberta da alma e do corpo do outro parece-me difícil que uma relação resista à previsibilidade dos gestos, das atitudes, das reacções. Noto, por aquilo que observo, que o lado negro (intrínseco a cada um de nós) começa a assumir uma importância maior na relação e a sobrepor-se de forma suave às qualidades que uniram as pessoas. Depois, as exigências e os compromissos assumem protagonismo na vida de cada um e esquece-se o tempo para o copo de vinho tomado a dois, para a sedução e a (re)conquista.
Nem sempre é assim estarão vocês a pensar neste momento. Com legitimidade, presumo, pois há casais que se mantém unidos toda uma vida. Foram esses os que se deram ao trabalho de cuidar da relação, ou então os que aceitaram a mudança dos sentimentos com resignação e conseguem viver numa cumplicidade terna, pois essa acredito que perdure.
Os outros, permanecerão, julgo eu, na busca incessante da relação perfeita. E essa, pergunto, alguma vez chega?

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Uniqueness

Há pessoas que irradiam luz;
Há pessoas que quando entram, enchem o espaço;
Há pessoas que, quando falam, prendem a atenção,
Há pessoas que captam olhares quando passam.
Há pessoas que possuem um não o sei quê que as torna irresistivelmente marcantes e únicas.

Hoje seria tudo mais fácil se eu tivesse essa uniqueness!

domingo, 17 de abril de 2011

E porque a vida não pára...

Decidi retomar o blog!

Para quem andou preocupada comigo, desculpem a ausência e a falta de notícias.
Precisei de uma pausa para redefinir os meus conceitos de vida, para me reestruturar e para compreender que na minha vida nada mais será como antes.

Para me entenderem melhor façamos um exercício:

Imaginem a vossa vida como uma pirâmide. Coloquem em cada patamar os valores que vos orientam enquanto seres humanos até chegarem ao topo. Aí escrevam mentalmente a vossa máxima de vida.

Já está?

Agora, eu digo-vos que, quando acordarem, essa máxima, esse valor, já não está lá, alguém o destruiu, o arrancou de vós sem que possam fazer nada para o recuperar. O que sentiriam? O que fariam quando a consciência do vazio que ficou nesse lugar tomasse conta de vós?
Não seria fácil, pois não? A dor seria imensa, eventualmente castradora da alegria de ser e de viver...O que fazer?

Há que aceitar o sofrimento, senti-lo, descer ao subterrâneo...há que verter as lágrimas, esbracejar, gritar, procurar entender os porquês...

Depois, sem pressas, mas firme, devemos erguer-nos, tentar adaptar-nos a uma nova realidade, apanhar os cacos que ficaram à volta, começar a enxugar as lágrimas e seguir em frente!

Eu estou a fazê-lo. Devagar e num compasso trémulo, mas convicta de que ainda há extraordinárias VIDAS EM MIM!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Vida de Gorda!

A minha incursão pelas dietas começou cedo.
Com 17 anos e 92 quilos decidi que estava cansada de ser gorda e, em poucos meses e com a ajuda de um medicamento que comprei às escondidas dos meus pais com o dinheiro do mealheiro, emagreci uma série de quilos que...recuperei pouco tempo depois.

E foi só o princípio de um sem número de dietas rápidas, mas com resultados muito pouco duradouros. Têm dúvidas sobre alguma dieta? Perguntem que eu esclareço! Acho que as conheço (e experimentei ) quase todas!

Há pouco tempo falava com a minha grande amiga A. sobre este meu percurso tortuoso e ambas concluímos aquilo que eu já estava farta de saber: enquanto eu encarar a dieta como um sacrifício e um processo de privação pelo qual é preciso passar até poder voltar a comer de tudo, eu NUNCA vou alcançar definitivamente os meus objectivos.

O que eu preciso aprender a fazer  é a mudar os meus hábitos alimentares de forma gradual e permanente e a concentrar-me muito mais nessa alteração efectiva do que na descida marcada pela balança.
Se conseguir fazê-lo demorarei provavelmente muito mais tempo a chegar onde quero, mas obterei certamente resultados mais definitivos.

Eu sei isto tudo...mas é tão difícil mudar esta minha cabeça gorda e não desistir a meio do percurso.

 É verdade, logo eu, que me orgulho de nunca ter desistido de nada na vida e de ter sempre conseguido atingir os meus objectivos, não sei onde hei-de ir procurar essa força!

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cansados da rotina!

Ontem de manhã, ao sairmos de casa, a M. perguntou-me inde íamos. Respondi-lhe que íamos para a escolinha. Comentário contrariado dela: "Todos os dias escola, todos os dias escola!"

Hoje ao acordar, o T. perguntou-me quantos dias faltavam para o fim-de-semana. Disse-lhe que faltavam dois e ele quis saber quantos dias ia durar o fim-de-semana. Disse-lhe que ia durar dois. Comentário contrariado dele: "Oh, eu queria que durasse três!"

Acho que por vezes  me esqueço que eles, embora ainda tão pequenos, também sofrem com esta vida desenfreada que levamos. E que consequências terá esta corrida contra o tempo na vida deles...e na minha?

domingo, 16 de janeiro de 2011

Uma questão de peso e de auto estima (este post vai ser longo...)

Um dos motivos que me levou a criar este blog, para além da vontade que tinha de ter um espaço de partilha da minha vida como mãe, dona de casa, mulher, professora..., foi o facto de lidar, desde sempre, com os quilos a mais (com menos 15 kg eu estaria bem melhor!) e achar que faltava na blogosfera um espaço onde as mulheres com este problema procurassem mostrar-se no seu melhor.

Explico melhor: adorando navegar pela internet à procura de blogs sobre os mais diversos temas, sempre que entro no mundo da blogosfera light, verifico que as postagens relativamente ao estado actual das bloggers, assim como as imagens de si que adicionam, são quase sempre depreciativas. Outra coisa que reparo é que, nos blogs fashionistas, as bloggers são sempre magras e elegantes e, se encontro blogs onde as big girls mostram os seus outfits, raramente me identifico com as escolhas.

Eu, para além de assumir o meu excesso de peso, assumo-me como uma pessoa bastante vaidosa. Adoro arranjar-me, combinar acessórios, calçar sapatos altos...Acho que isso me valoriza e ajuda, por vezes, a desviar a atenção dos outros mais para as minhas roupas do que para o meu corpo (dentro em breve começarei a postar alguns looks).

Se quero dizer com isto que devemos manter-nos gordas e ignorar esse problema? Obviamente que não!
Eu própria estou em luta constante contra este problema e quem me conhece sabe que há anos que eu vivo em dieta, alternada com períodos em que descarrilo completamente e volto a engordar, pois adoro comer. Aliás, o meu processo de aprendizagem passa precisamente por aí: emagrecer e manter-me com um peso aceitável  (jamais serei magra, pois a minha constituição física não é essa)... E espero consegui-lo!

Aquilo que eu acho que está errado é a quase anulação de si e do seu corpo que as mulheres fazem quando estão descontentes com o peso que ostentam, vivendo em função do dia em que vão atingir o peso ideal. O dia em que, ah, aí sim, sairão à rua e brilharão.

E entretanto? Onde está a essência da mulher? O amor por si? O prazer de se arranjar, de se cuidar?

E se o processo de emagrecimento for longo?

Por isso, a começar HOJE, todos os dias devem ser "o dia". Abram o roupeiro e façam experiências... Certamente haverá uma combinação desta e daquela peça que vos vai fazer sentir mais bonitas. Juntem um colar ou uns brincos que sobressaiam no conjunto. Depois, passem à caixa da maquilhagem e, no final, por que não, ousem com uns saltos altos!

Finalmente, ergam a cabeça e avancem para vida, pois gordas, magras ou assim-assim, são MULHERES e, dentro de cada uma de vós, há certamente algo de  EXTRAORDINARIAMENTE BELO!


(Estando à espera do momento certo para falar deste assunto, este post deu-me o mote. Obrigada Mommy Kiki!)

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ainda os signos...

Parece que na blogosfera  anda toda a gente assim a modos que atarantada com as alterações nos signos (ver aqui).
Por aqui, tudo tranquilo.. Vou fazer mais ou menos o mesmo do que com o acordo ortográfico. Enquanto não me obrigarem... fica tudo na mesma. É que isto de estar a mudar tudo assim, de repente, baralha-me mesmo o sistema!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O tempo: um elástico ao contrário

«É sempre assim, o tempo faz-me lembrar um elástico que funciona ao contrário: estica quando não queremos e encolhe quando faz falta"
Os Heróis do 6º F, António Mota

Ao ler esta frase enquanto preparava um questionário de leitura sobre a obra, detive-me a pensar nas situações da minha vida em que o tempo estica (fiquemo-nos por estas, pois a enumerar situações em que o tempo encolhe nunca mais daqui saíamos). Não me lembrei de nada...exceptuando os discursos enrolados e longos de gente que gosta tanto de se ouvir  que, sem darmos conta, já perdemos o fio à meada.
Uma dúvida assolou-me de imediato o espírito, deixando-me assim a modos que atarantada: Será que isto é bom e significa que há muito pouca coisa que me aborrece nesta vida, ou é mais uma confirmação de que não tenho mesmo tempo para nada?!